W. Edwards Deming (1900 – 1993), foi um batalhador pela qualidade,
desenvolveu ideais firmes sobre como melhorar os métodos indústrias, ajudou o
Japão no após guerra a melhorar os seus produtos, propiciando o grande impulso
da economia japonesa, especialmente no que tange a qualidade dos seus produtos.
Deming um matemático, especialista em métodos estatísticos impressionou Ichiro
Ishikawa, presidente da japanese Union of
Scientists and Engineers ( Juse), e foi convidado a ensinar métodos
estatísticos em uma série de seminários organizados por um amplo espectro da
indústria japonesa. Naquela época, a frase “feita no Japão” significava
imitações baratas e de baixa qualidade de produtos feitos em outros países.
Deming prometera mudar esse conceito e com a disciplina que é peculiar ao povo
japonês ele conseguiu adiantar essa previsão em dois anos. Os japoneses ficaram
tão impressionados com Deming, que a Juse instituiu um Prêmio Deming anual para
encorajar o desenvolvimento de novos métodos efetivos de controle da qualidade
na indústria japonesa. O Ministério da Educação japonesa criou o Dia da
Estatística, no qual alunos concorriam a prêmios, apresentando soluções
estatísticas. De volta aos Estados Unidos, Deming passou ser requisitado por
grandes indústrias, as quais se encontravam debatendo uma novidade dos anos
1970, que se chamava “zero defeito” essa ideia não era aceita por Deming, visto
que ele achava ser completamente impossível. Por volta dos anos de 1980, surge
outra novidade chamada de “Gestão da qualidade total”, ou GQT. Deming considerava
que isso não passava de palavras vazias e exortações da gerência, que em vez
disso deveria estar fazendo seu trabalho. A ideia principal de Deming sobre
controle de qualidade é que o resultado de uma linha de produção é variável. O
que o cliente quer, insiste Deming não é um produto perfeito, mas um produto confiável. O cliente quer um produto com
baixa variabilidade, de modo que possa saber o que esperar. Deming classificou
essa variabilidade em duas causas, uma chamada de ”causas especiais” e outra em
causas “comuns” ou ambientais. As causas especiais estavam relacionadas ao
próprio processo produtivo, entretanto, as causas ambientais estão sempre ali e
é o resultado de uma gerência ruim, já que frequentemente assumem a forma de máquinas
com má manutenção, ou qualidade variável de matéria-prima utilizada na
manufatura, ou outras condições de trabalho não controladas. Deming propôs que
a linha de produção fosse considerada uma sucessão de atividades que começa com
a matéria-prima e termina com o produto acabado. A contribuição mais marcante
que Deming deixou foi sem dúvida a “roda de Deming” ou ciclo PDCA, o qual faz
parte de todo sistema da administração moderna, e que o leitor fica convidado a
ler sobre esse interessante assunto.